domingo, 11 de julho de 2010

Uma luz no fim do túnel


Numa tarde de sexta-feira, caminhando pela cidade sem rumo, percebi que havia andado tanto que estava em um lugar desconhecido. Estava pensando na minha vida, e acabei me distraindo. Resolvi voltar, mas estava perdida. Quando olhei no relógio, já passavam da meia-noite. Olhando ao meu redor, percebi que estava em um túnel muito escuro. Não enxergava nada, e não tinha barulho algum. Não tinha nenhum carro, caminhão ou moto. Estava eu, sozinha, sem ninguém para me ajudar. Sem saber o que fazer, segui o caminho. Pensei que alguma hora o túnel chegaria ao fim, mas não chegava. Comecei a ficar nervosa. Sentei no chão, e peguei meu celular. Ligaria pra alguém me buscar. Celular sem bateria. Senti uma lágrima caindo de meus olhos. A única coisa que eu conseguia fazer era pensar naquele problema, e em todos os outros que estavam acontecendo em minha vida e atormentando a minha mente.
Sem que eu esperasse, já conformada em ficar ali sozinha, com frio e com medo, uma luz veio vindo em minha direção. Não sabia que sentimento era maior, o medo, de não saber o que essa luz podia ser, ou a esperança, de ser alguma forma de ajuda.
Recuei, mas senti um braço quente colocando-se em minha volta, me ajudando. A tal luz estava muito forte (acho que nem tanto, mas por eu ter ficado muito tempo sozinha no escuro, parecia mais forte), então resolvi fechar meus olhos. Quando os abri, já estava em casa, deitada em minha cama, no dia seguinte. Minha familia estava toda ao meu redor, cada um com um sorriso mais lindo no rosto. Estava a salva, bem de saúde, porém algo atormentava a minha cabeça. Quem foi aquela luz? Quem havia me trazido em casa? Quem havia salvado a minha vida?
Até hoje eu não sei, mas depois de ter vivenciado isso, percebi que há pessoas maravilhosas nesse mundo, muitas vezes quando estamos quase desistindo, no fundo do poço, elas aparecem, e nos levantam.

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