terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

crescer


Quando pequenos, queremos ser grander, ir em boates, namorar. Quando maiores, queremos voltar ao tempo em que não tinhamos responsabilidades, que brincavamos de boneca, que comiamos doces. Os filhos sempre dizem aos pais que queriam trocar de lugar com eles, que queriam ir trabalhar ao inves de ir pra escola. A resposta é sempre a mesma: "aproveita enquanto você está estudando. Se pudesse, trocaria com prazer." Mas não acreditamos, e continuamos com a ideia de que trabalhar é melhor do que estudar, que ser adulto é melhor do que ser criança. Parei para refletir no assunto, e percebi, que meus pais, e os pais da grande maioria, tem razão ao dizer que temos que aproveitar a nossa idade.
Cada ano que passa, as coisas vão ficando mais dificieis, sobrecarregardas, apressadas.
As múltiplas escolhas, que antes eram: "Qual é a cor do céu? Azul, verde, prata ou vermelho?", transformam-se em: "Qual é a cor do céu? Azul claro, azul celeste, azul petróleo ou azul escuro?". O tempo livre no qual brincávamos de boneca ou assistíamos desenhos animados agora tornaram-se horas de estudos e deveres. A bala que comíamos sem a mínima culpa, hoje fazemos dieta até conseguir perdê-la. Cheguei a mesma conclusão que meus pais. Quanto mais novos somos, mais temos que curtir. Por mais que hoje as coisas já pareçam dificeis, podemos ter certeza que no futuro, dificultarão ainda mais.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

errar é humano


Nós humanos temos a capacidade de pensar, fazer o que queremos, nos comunicar. Errar, faz parte de nossas vidas. Ás vezes, quando erramos, foi tentando fazer a coisa certa.
O erro, é claro, não é uma coisa boa. Mas tudo tem seu lado bom. ATÉ o erro. Um erro nos ajuda a perceber o que é certo. Um erro impede que erremos a mesma coisa novamente. Após cada erro que fazemos, temos que erguer a cabeça, seguir em frente, e continuar tentando. Mesmo que outros erros sejam cometidos, não desista. Tente tomar a decisão certa, tente fazer a melhor coisa, sempre tente acertar, mesmo que para isso seja necessário errar.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

acreditar em mentiras


Não sei se há uma explicação para o fato de sempre ficarmos tensos ou ansiosos assistindo uma novela ou lendo um conto de fadas, se sabemos que no final tudo acabará bem. Quase não há novelas onde o mocinho é preso, onde o bandido vence, ou onde as bruxas vencem das princesas. O mais curioso, é que durante a grande parte das histórias, o bandido ou a bruxa vencem. Roubam, matam, fogem da prisão, mas no final sempre acabam pagando pelo que fizeram de alguma forma. A princesa ou o mocinho que possuem ingenuidade ao acreditar em mentiras, sempre descobrem no final a verdade e conseguem recuperar o que havia perdido.
Porque as histórias tem finais felizes e a vida real não? Porque no mundo que vivemos, muitas vezes as bruxas estão soltas e as princesas presas? Porque a realidade não pode ser como uma novela ou conto de fadas? Porque a realidade não pode ter um final feliz?

sonho do passado


Passei por uma situação na qual tive que largar uma das coisas que mais amo por causa de alguém que desvalorizou minha determinação e vontade, e deu preferência para aquelas que por mais que fossem melhores do que eu, não encaravam aquilo da maneira que deveria ser encarado, a maneira que eu encarava.
Após algum tempo, tive a oportunidade de voltar a fazer o que amo. Não da mesma maneira. Campeonato menor, menos regras. Felizmente fui valorizada e percebida. Senti uma alegria tão grande fazendo aquilo que eu amo, que tive mais garra e força de vontade independente de ser um menor campeonato. Vencemos.

Pouco depois fui chamada para praticá-lo novamente, em um campeonato muito mais sério e importante dos que eu já havia participado. Serão necessários anos de treinamento, mas quando se faz o que ama, quanto mais tempo melhor. A minha felicidade foi algo inexplicável.
Foi só eu terminar de ler o convite para que aquele sorriso, que ia de orelha a orelha, se fechasse. Meu rosto ficou sério. O líder disso tudo, será a mesma pessoa que destruiu meu sonho no passado.

jogo da vida


Deitada em minha cama com o meu celular na mão jogando o famoso jogo da cobrinha, comecei a me perguntar se era mais fácil no início do jogo, onde a cobrinha ainda está pequena, ou no final, quando ela está maior.
Quando pequena, não é preciso fazer manobras para que a cobra não encoste em si mesma, mas por estar deste tamanho - quase insigifnicante - achamos que está garantido e muitas vezes perdemos sem nem alcançar uma pontuação. Quando maior, as chances de enconstar em sí própria, aumentam significativamente, mas você já está jogando há um maior tempo, já pegou o ritmo e não vai querer perder e desperdiçar todo o esforço que teve para chegar até aquele tamanho.
Percebi que muitas vezes essa dúvida é frequente no dia a dia das pessoas. Problemas no trabalho, por exemplo. Quanto menor, mais passa despercebido mas causa menos estresse. Já o problema maior, por nos deixar com mais dor de cabeça, faz com que nosso foco aumente. E talvez um problema maior, é resolvido mais rápido do que um problema de menor tamanho.
A minha dúvida continua. É melhor jogar no início, com a cobrinha pequena, ou no final, com a cobrinha maior?

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

eternamente


Ser colocada para dormir. Ouvir histórias na cama. Deitar com bichinhos. Comer bala. Pirulito. Bombom. Dar as mãos para atravessar. Ser carregada no colo. Brincar de amarelinha. Pular corda. Receber comida na boca. Brincar de boneca. Ser vestida na hora de sair. Frequentar casas de festas. Comer sem peso na consciência. Não ter responsabilidades. Ir à creche. Andar na cadeirinha. Ir pra rua no carrinho. Chamar os outros de bobo. Mandar língua. Fazer caretas.
Esses são pouquíssimos momentos de uma infância. Ao relembrar, tenho a vontade de voltar no tempo. Mas paro pra pensar, que posso ser, de mandeiras diferentes, uma eterna criança.

uma verdadeira princesa


Toda menina, quando pequena tem o sonho de se tornar um princesa. Viver em castelos, ter belos vestidos brilhantes e feitos sob medida, participar de festas luxuosas. Essa é a visão que a maioria das meninas tem sobre o que é ser princesa.
Vendo um filme, percebi que ser princesa vai muito além disso. É claro que tudo isso faz parte da vida da realeza, mas isso é apenas o superficial, a maquiagem.
Ser princesa, é tentar fazer sempre o melhor pelo seu povo. É ajudar quem precisa. É tomar a decisão certa, pensando sempre em suas consêquencias. É preciso pensar, antes de em si própria, no povo, naqueles que aguardam com esperança as suas atitudes. Aqueles que confiam não apenas naquela mulher com boa aparência, bem vestida, e que sempre proporciona as melhores festas, mas também no interior dessa mulher.
Aquela princesa que acredita que o mais importante é estar usando vestidos caros, morando em castelos grandiosos e sendo a anfitriã de belas festa, não serve para ser um princesa de verdade.
Ás vezes, há princesas espalhadas pelo mundo, que só não são reconhecidas, que só não recebem esse título, por não possuirem aquela maquiagem, que para muitos é o que mais importa.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Uma vez por mês


Me sinto, uma vez por mês, como aqueles cachorros que você não pode chegar perto que já latem, não pode fazer um carinho que mordem. É umas sensação sem explicação.
Você late alto para que todos entendam que não podem chegar perto. Você rosna quando não fica satisfeita, mas há pessoas que não sabem interpretar esse latido e rosnado, e chegam perto demais. Isso faz com que você reaja de uma maneira agressiva, mordendo, ou chegando perto de tomar essa atitude, e aquela pessoa, que só queria me fazer um carinho, ou brincar comigo, fica com uma impressão errada de mim. Por que ela tinha que vir fazer isso nesses dias, enquanto podia fazer no resto do mês inteiro?

Só as cadelas passam por isso, e por isso os cães não entendem. Só sabem reclamar de quando passamos por esses momentos, mas isso por que eles nunca sentiram.
Fico triste por magoar pessoas que tentam apenas se aproximar de mim, mas não é algo que eu escolha. É algo natural, sem opção.
Pessoas fofas, que só querem fazer um carinho em meu pêlo, ou jogar uma bolinha para que eu saia animada e a traga de volta a ela: caso eu reaja de maneira estranha, me deixe sozinha. É só por um período do mês. Eu prometo.