quarta-feira, 16 de junho de 2010

Construção Inconveniente

Barulho de obra é estressante. Eles começam, ai vem aquele som infernal, e param. Você acha que finalmente vai poder ler seu livro, escutar sua música, assistir a novela, ou simplesmente tirar uma soneca. Quando está entrando no clima, eles recomeçam. Fica impossível fazer qualquer coisa, por menor que seja, com o barulho de asfalto sendo furado, paredes sendo lixadas ou martelo batendo.
Trabalhador de obra é outro problema. Parece que nenhum deles nunca viu mulher na vida. Passa uma baranga, com vestido curtinho, aquela coxa cheia de celulite sacudindo, o peito caído escondido sob um decote imenso, e lá vai eles assoviando e paquerando. Não dá pra entender. Metade deles usam alianças. Se são casados, não deviam nem estar olhando para outras mulheres, muito menos paquerando-as. A outra metade ou não tem dente, e ai esta explicado se interessar por mulheres não muito belas, ou não devem fazer sexo há um bom tempo. O mais engraçado, são as mulheres que ficam tímidas com essas cantadas, como se tivessem recebido estas do homem mais bonito da rua. Há outras mulheres, que empinam o bumbum, colocam os seios para frente, e passam na frente deles, com o propósito de serem paqueradas. Mal sabem que essa é a centésima cantada do dia. Ou sabem, mas precisam desse tipo de elogio para que a auto-estima eleve.
Talvez o barulho infernal que a obra produz deva mexer com a cabeça deles. Essa pode ser uma justificativa que explique o fato de eles cantarem todas as mulheres que passam pela sua frente, seja loira, morena, gorda, magra, velha, criança, feia ou bonita. Será que alguma dessas cantadas já teve resultado? Será que o pedreiro casado conseguiu trair sua mulher e finalmente fazer um bom sexo? Será que o banguela consgeuiu beijar alguém? E o que estava com fome de cama, conseguiu fazer amor?

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