sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

o dia


Desde pequena eu sonhava com o dia do meu casamento. Imaginava a minha entrada, com o vestido dos sonhos, jóias lindas e meu cabelo maravilhoso. O buquê seria com rosas brancas, as minhas favoritas. Todos os meus amigos, a minha família e a família dele estariam ali, nos olhando, se emocionando, se encantando. Ele seria o amor da minha vida, o pai dos meus filhos, o avô dos meus netos. Ele seria o homem com o qual e sempre havia sonhado. E esse dia finalmente chegou. Eu estava lá, na limousine, seguindo para o casamento. Antes daquele momento, eu havia passado horas no salão. Fiz o cabelo, pintei as unhas, fiquei na banheira. Fiz massagem e hidratação. Tive o dia de princesa, quer dizer, o dia de noiva, que não deixa de ser como o de uma princesa. O nervosismo aumentava a cada hora que passava. E finalmente aquele momento tinha chegado. A limousine chegou em frente ao salão, mas eu não consegui deixá-la. O motorista abriu a porta e eu permaneci ali dentro. Será que eu estava fazendo a coisa certa? Será que estávamos nos precipitando? Meu pai deixou o carro, e estendeu-me sua mão, para me tirar dali. Após um instante, segurei-a firme, e levantei, ainda indecisa, preocupada, com medo. Ele disse-me: "Tudo vai dar certo", e beijou minha testa.
Quando a porta do salão se abriu, eu vi todos me olhando. Inclusive ele, e ao ver aquele sorriso em seu rosto, eu tive certeza de que estava fazendo a coisa certa.

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