terça-feira, 7 de dezembro de 2010

primeiro ato


Estava me preparando para aquele momento havia tempos. Finalmente beijaria ele. Ele queria também, mas parece que estava fazendo algum tipo de jogo, de charme, não sei. Sempre que o beijo ia aocntecer, algo nos impedia. Dessa vez, tudo parecia perfeito. Parecia que tudo ia dar certo. Mas como sempre, eu parecia estar enganada. Quando sua boca estava se aproximando da minha, Joe veio na direção dele, com um pedaço de madeira em suas mãos. Seu olhar era de ódio, parecia que queria matar ele. Eu não tinha culpa de amá-lo. Sei que Joe me queria assim como eu queria ele, mas eu não mandava em meu coração. Eu não ia deixar Joe estragar tudo.
Aquela festa à fantasia estava sendo preparada por nós, desde o ínicio do ano, e eu sabia que seria ali. Nada me impediria de beijá-lo. Nem mesmo nosso amigo, que dizia ter anormalidade, que dizia que era bom a gente não mexer com ele. Eu poderia morrer com aquele pedaço de madeira enfiado em mim, mas antes, beijaria o amor da minha vida.

As cortinas se fecharam, e não parava de ouvir aplausos. Fim do primeiro ato.
Atrás da cortina, todos nos abraçávamos, pois não imaginávamos que a recepção do público seria tão boa. Fomos ao camarim nos trocar, retocar a maquiagem, o cabelo. A peça tinha que continuar.
(46ª edição visual - Projeto Bloínquês - 2o lugar - Nota: 9.7)

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