quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Furado


Eu já tentei me proteger dos meus pensamentos, das minhas ilusões, dos meus sonhos, das minhas vontades. Mas assim como não escolhemos quando chove ou quando faz sol, eu não escolho. Sempre que fecho os olhos é você que vejo. Sempre que escuto uma música, é de você que eu lembro. Sempre que escrevo é em você que eu penso.

Sinto-me como se estivesse em uma tempestade, abrindo meu guarda-chuva para não me molhar, porém, as gotas passam por ele, e tocam o meu rosto. Nada que eu faça ou use irá me proteger dessas gotas, que por mais que sejam leves, machucam ao cair sobre mim.

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